Trajetória

Fundada em 1993, a ADAI é uma entidade sem fins lucrativos, com atuação no território nacional, que iniciou seus trabalhos na Região Sul do Brasil, com a missão de representar e garantir a defesa dos direitos dos atingidos por barragens, através da assistência social e da prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural (ATER) a seus associados que são, em sua maioria, famílias ribeirinhas, ou reassentados.

Desde a sua constituição legal, a ADAI estabelece convênios de cooperação técnica com Empreendimentos Hidrelétricos (estatais ou privados), tendo por compromisso prestar serviços às famílias dos Reassentamentos Rurais Coletivos (RRC) na operacionalização, planejamento das atividades, acompanhamento na construção das benfeitorias individuais (dos atingidos beneficiários) e coletivas (escola, ginásio e igreja nas áreas comunitárias), administração e gestão dos recursos financeiros e acompanhamento às famílias remanejadas para outras comunidades ou que permanecerem em seus locais de origem, desenvolvendo a produção agrícola de maneira sustentável nas propriedades, levando em conta, primeiramente o autoconsumo e a segurança alimentar da família, produzindo com diversidade, qualidade e quantidade suficientes para uma boa alimentação e geração de renda com o excedente da produção.

Nos últimos anos desenvolveu trabalhos relacionados ao Programa de Aquisição de Alimentos – PAA na região Sul do Brasil e, a partir de então, tomou o programa como prioritário em suas ações para a geração de renda, soberania e segurança alimentar em algumas regiões de atuação.

Atualmente a ADAI expandiu seu trabalho com a implementação de ações nas áreas das tecnologias sociais principalmente na articulação e implantação de Placas Solares de baixo custo para aquecimento de água, construção de cisternas para captação de água, e implementação da Produção Agroecológica Integrada e Sustentável – PAIS, com a finalidade de melhorar as condições de vida das Famílias atingidas por Barragens.

Outra ação importante que a ADAI vem desenvolvendo, são programas de capacitação e formação com público atingido por barragens e parceiros, com o intuito de cada vez mais fortalecer a auto-organização das populações atingidas.

Diante da extensa lista de atividades desenvolvidas durante esses 24 anos de história, destaca-se o Plano de Recuperação e Desenvolvimento Econômico e Social das Comunidades Atingidas pelas Barragens de Itá e Machadinho- PLANDESCA, que no ano de 2001 recebeu 1º lugar do Prêmio da Fundação Universitária José Bonifácio FUJB de Extensão Universitária e mais tarde este projeto veio a ser uma referência dentro da Eletrobrás.  Para este trabalho de diagnóstico e elaboração do Plandesca a ADAI contou com apoio do grupo de pesquisa “Assessoria Técnica e Educacional a Movimentos de Atingidos por Barragens – ATEMAB do Instituto de Planejamento Urbano e Regional – IPPUR da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ”. Esta experiência serve de base para o debate que a ADAI faz da necessidade da criação de um programa de desenvolvimento junto as regiões atingidas.

A entidade possui sua sede central em Erechim –RS e escritórios em diversas partes do Brasil, com representação em todas as regiões do país, com a infraestrutura - funcional, tecnológica e administrativa - necessária para melhor atender os atingidos em suas mais diversas demandas.

Conta também, com uma equipe de profissionais ligados as áreas de Agronomia, Pedagogia, Serviço Social, Comunicação e Publicidade, além de uma equipe administrativa localizada estrategicamente em vários pontos do Brasil, sempre coordenada pela direção da entidade.

Tem como característica – adquirida ao longo de seus anos – uma ampla autonomia em se adaptar rapidamente conforme a necessidade de seus projetos vinculados (logística), pois a ADAI mantêm um grande leque de articulações com diversas organizações e profissionais formados em diferentes áreas das ciências humanas e agrárias nos níveis médio, técnico e superior que buscam promover a educação através da capacitação e estimulando trabalhos que suscitem organização, participação e solidariedade e, ainda promover o desenvolvimento social e econômico combatendo a pobreza através de ações associativas e de cooperação.